SÓ UM DESABAFO
Minha mãe, que foi o primeiro e talvez o maior mestre que tive, em toda a minha vida, dizia muitas vezes, para que aprendêssemos a não nos retermos no que parecia não ter saída, que o que não tem remédio remediado está.
Meu Deus, como tenho pensado nisto esta tarde!
Porque me assaltaram a residência e, entre outras coisas, me levaram o computador portátil, com mais de cem dias de trabalho... imensas e variadas coisas que não poderei recuperar.
Os amigos que conhecem alguns temas aí tratados poderão dizer que assim já não preciso de destruir o que eu próprio destinava a isso: aqueles exrcícios de escrita que eram apenas execícios... de escrever e de pensar: uma espécie de recuperação meditativa do passado. E têm razão. Quem sabe se não foi para isso mesmo que me furtaram a máquina?
O problema é que essas centenas de páginas não passam de um grão de areia no conjunto dos milhares perdidos!
Enfim, quando se olha já para o pôr do sol da vida, fica-se a duvidar se valerá a pena recomeçar.
O que não tem remédio remediado está. Talvez seja altura de organizar o programa crepuscular, porque crescem a sombras no horizonte.
É só um desabafo paar algum amigo que passe por este blogue.
Leiria, 19 de Agosto de 2009
Meu Deus, como tenho pensado nisto esta tarde!
Porque me assaltaram a residência e, entre outras coisas, me levaram o computador portátil, com mais de cem dias de trabalho... imensas e variadas coisas que não poderei recuperar.
Os amigos que conhecem alguns temas aí tratados poderão dizer que assim já não preciso de destruir o que eu próprio destinava a isso: aqueles exrcícios de escrita que eram apenas execícios... de escrever e de pensar: uma espécie de recuperação meditativa do passado. E têm razão. Quem sabe se não foi para isso mesmo que me furtaram a máquina?
O problema é que essas centenas de páginas não passam de um grão de areia no conjunto dos milhares perdidos!
Enfim, quando se olha já para o pôr do sol da vida, fica-se a duvidar se valerá a pena recomeçar.
O que não tem remédio remediado está. Talvez seja altura de organizar o programa crepuscular, porque crescem a sombras no horizonte.
É só um desabafo paar algum amigo que passe por este blogue.
Leiria, 19 de Agosto de 2009
2 Comments:
Muitas vezes não é o valor pecuniário do que nos é furtado, mas outro valor incalculável. No caso de um computador é parte do que pensámos, portanto parte de nós que é levada. Sofro com essa sua perda. Mas a missão agora não é olhar para o pôr do sol, é antes retomar as notas em papel e reconstruir o edifício. Se for publicamente (Aqui, por exemplo), mesmo que o seu cepticismo julgue que ninguém lê, saberá onde recolher os textos em caso de fatalidade.
Um abraço
Lena e Paulo
Caros Lena e Paulo
Muito obrigado pelo incentivo, que se torna tanto mais precioso - diria mesmo, imperativo - quanto é certo que vem de dois jovens. Gosto dessa imagem: "reconstruir o edifício". O pior é que, na maior parte dos casos, não foi só destruir: levaram-me também os materiais!
Em todo o caso, é claro que não posso desistir.
Um abraço muito amigo.
AAP
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